A realização da selagem e do cadastro socioeconômico, e a apresentação dos profissionais que integram as equipes que atuarão em campo no projeto de Urbanização da Comunidade de Pé Preto e Construção de Moradias de Interesse Social foram as principais pautas da segunda reunião de técnicos da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF) com moradores da comunidade de Pé Preto, no bairro de Santa Cruz, na primeira semana deste mês (07/12).
Para a presidente da FMLF, Tânia Scofield, coordenadora do projeto, essa iniciativa tem como objetivo tirar as famílias, que atualmente vivem no Pé Preto, das condições de precariedade social, urbanística e econômica em que se encontram. “É um projeto muito importante que oferece dignidade a essas pessoas. É inacreditável que exista, aqui dentro do Centro de Salvador, em Santa Cruz e Pituba, pessoas que vivam nessas condições de extrema precariedade. E o projeto tem como alicerce proporcionar uma grande transformação na vida de todos que vivem aqui”, avalia.
A expectativa de melhorias da qualidade de vida entre os moradores da comunidade é proporcional ao projeto. Moradora do morro do Pé Preto há 14 anos e uma das fundadoras e líderes comunitárias do local, Mônica dos Santos, de 41 anos, comemora a chegada da equipe da FMLF como uma das primeiras conquistas. “Aqui, muitas pessoas não têm esgotamento sanitário e precisam improvisar de diversas maneiras. Nós fizemos um improviso também para acesso a água, mas só cai de madrugada. As ligações elétricas são todas problemáticas. E esse projeto vem para mudar tudo isso. Eu estou muito feliz. Graças a Deus foi enviada essa equipe da Prefeitura para nos ajudar, e eu digo que daqui para frente é só vitória e alegria”, celebra.
No dia seguinte a reunião, a FMLF deu início ao procedimento de selagem nas portas, com um prazo de duração de uma semana. A próxima etapa será a realização do cadastro socioeconômico e vinculação de cada selo ao respectivo cadastro. De acordo com a presidente da FMLF, Tânia Scofield, a expectativa é que o projeto seja concluído em seis meses para que então seja lançada a licitação da obra de urbanização.
O projeto – O projeto de Urbanização da Comunidade de Pé Preto e Construção de Moradias de Interesse Social envolve: a construção de novas moradias em substituição às existentes, que foram improvisadas a partir de materiais de sucata, e acesso a infraestrutura sanitária, água encanada, acessibilidade, áreas de lazer e convivência. A área de abrangência corresponde a uma poligonal de 7 mil metros quadrados beneficiando cerca de 300 famílias. É um projeto que se inspira em modelos bem sucedidos, desenvolvidos pela própria Prefeitura, a exemplo do Comunidade Guerreira Zeferina (Periperi) e Mané Dendê (Ilha Amarela).
Em novembro, antecipando o projeto de urbanização, o prefeito Bruno Reis, assinou a ordem de serviço para o início das obras de uma ampla praça com 6,1 mil m², que será construída no local com o intuito de promover mais desenvolvimento, recreação, fortalecimento de vínculos e a convivência entre os moradores da região. A Praça do Pé Preto corresponde a um investimento de R$1,8 milhão e prevê melhorias do campo de futebol de barro existente, através da execução de serviços como recuperação de alambrado e de traves, pintura, terraplanagem e colocação de tela de proteção. O prazo de conclusão está previsto em quatro meses.
Também serão implantados uma nova quadra de areia para a prática de vôlei e futevôlei, parque infantil com diversos brinquedos para a criançada, estação de musculação e academia da saúde.
